sexta-feira, 23 de agosto de 2013
na mesma moeda
Hoje despertei da cama, completamente dormente de deitar tarde e cedo erguer, com uma sensação de desconforto, daquele aperto no peito... Tinha estado a conversar com uma amiga a noite anterior e não tinha terminado bem. Essa minha amiga tinha sido mais que isso, em tempos fomos como unha e carne, unidas por um sentido de humor que nos fazia rir de manhã à noite. Essa tão boa amiga já não é assim tanto. Por motivos alheios e traiçoeiros que a vida nos dá, a distância e o tempo afastou-nos e quebrou-se uma amizade bonita. Na minha humilde inocência eu pensava, entre devaneios, que a minha querida amiga ia ficar por muito tempo. Sou uma pessoa de pessoas e espero sempre (infeliz esperança!) que as pessoas que entram na minha vida são para ficar, como enfeite para a minha estante. Não são! E a minha amiga mostrou-me bem isso na mensagem que eu li hoje, com um olho aberto, outro fechado: "a vida é assim, por mais que batamos com a cabeça nos voltamos a cometer o mesmo erro uma data de vezes e só depois notamos a diferença". E eu pergunto-me, questiono-me vezes sem conta... «não seria já de esperar? porque continuas exigindo das pessoas coisas que elas não te querem dar? porque continuas, na tua inocência, querendo que gostem de ti sempre e mais alguns dias?». São tantas perguntas e tão poucas respostas. Infeliz de mim que penso demais, sinto demais, sinto e não esqueço e vivo em remorso no passado. Continuo perguntando como é que os laços se quebram, as amizades se cortam e os momentos caem num poço sem fundo, vão evaporando da memória! Continuo com dúvidas, com medos, ansiedades e falhas deste coração de manteiga. Mas hoje fico com uma certeza da incerteza que este mundo é: o que uns te tiram, outros te devolvem. E a expressão de "pagar na mesma moeda" (expressão que a minha amiga utilizou para, enfim, pôr uma pedra sobre as minhas constantes tentativas de conquistar o que tínhamos) é tão ambígua como o dia de amanhã, como o meu dia de amanhã, dentro de mim.
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